dezembro 17, 2012

Dezembro 2012 - nº. 67

                  AS ONDAS DO MAR

De novo o Natal!

 O começo do Ano Litúrgico, no Advento, convida-nos a aprofundar o sentido da liturgia. Em primeira aproximação, é de considerar como a liturgia se ajusta, no seu próprio ciclo anual, à nossa experiência dos ritmos da natureza, na sucessão circular das estações, das variações atmosféricas e do próprio aspecto da paisagem.
Mas não se trata de um movimento de constante retorno, como nos faria pensar o livro de Qohélet (ou Eclesiastes), no seu prólogo. Pelo contrário, a liturgia, ao celebrar Jesus Cristo como centro da história, aponta claramente para a diferenciação das grandes épocas no percurso da aventura humana. Na liturgia, celebra-se um passado que, pela própria celebração se torna presente e, assim, produz sentido para o futuro de cada um e do colectivo. No presente, o Espírito Santo ilumina-nos na interpretação do passado e na abertura ao futuro.
Além disso, a repetição anual das cerimónias não é simples regresso ao “de sempre”. Predispõem-nos a aprofundar, cada vez mais, o Mistério ou Sacramento. São os gestos e as palavras que o tornam actual, ou seja, que o tornam eficaz para a situação e estado de alma de cada um dos participantes. Eficaz, sim, mas sempre algo envolto no desconhecido, porque, sendo Jesus Cristo o verdadeiro “autor” e “actor” da liturgia, a sua acção ultrapassa sempre, infinitamente, a nossa capacidade de compreensão. Portanto, só uma visão muito exterior e superficial nos poderia levar a dizer: “Lá estamos nós outra vez no Natal, é sempre a mesma coisa!”.

A quadra do Natal traz-nos, em primeiro lugar, o Advento, que devemos viver com idêntica expectativa à do povo hebreu a aguardar a vinda do Messias. É tempo de Esperança, que não é a espera passiva de quem aguarda o autocarro. A Esperança cristã só pode alicerçar-se na Fé verdadeira, a qual, se o é, há-de reflectir-se na prática da Caridade. Esta situa-se no coração da mensagem que o Menino nos veio ensinar por meio da pregação, mas sobretudo através da sua vida. 

Um Santo Advento / Natal.
                                                                  
P. Manuel Vaz Pato, sj

                                        A VIDA É UMA CONTÍNUA ESPERA
                                               COMO ESPERO JESUS?

A nossa vida é uma contínua espera, uma autêntica espera! Por isso também deveria ser uma vida de esperança. Desde que somos concebidos no seio materno, começamos a esperar, esperamos ver a luz do dia; esperamos, em cada dia, a alvorada, a luz do sol!

Em cada amanhecer esperamos ter um dia bom, ter saúde, ter paz, ter o suficiente para viver; esperamos que corra bem uma operação ou uma viagem; os pais esperam os filhos e estes esperam os pais, a criança tem os olhos postos na mãe ou na avó esperando por ela, o namorado pela namorada e vice-versa… Esperamos uns pelos outros, por Deus…

E como espero Jesus, em cada dia? Como espero encontrá-Lo nas pessoas, nas coisas comuns da vida? E neste Advento, como O espero? Com que atitudes, com que sentimentos e gestos? Neste Ano da fé, busco-O, procuro-O com confiança, com ânimo? E como espero pelos outros? Com paciência, com alegria?
Esperamos que haja mais justiça, mais verdade, mais igualdade no nosso país e no mundo… Enfim o nosso dia, está cheio de esperas contínuas, que se repetem quotidianamente ou não… Afinal a nossa vida está repleta de expectativas, de esperas, mas a melhor e maior espera é a do SENHOR, ATÉ QUE ELE VENHA! VEM SENHOR JESUS! “Caminhamos carregados de esperas”. E podemos dizer: Senhor, Tu vens até nós, vens ao nosso encontro em cada dia! És, para nós, o Filho do Altíssimo! E digamos também, no meio das correrias da vida, eis-me à tua espera, Senhor!

Termino, este meu escrito com a transcrição de um poema / oração muita bonita que encontrei, da autoria do P. Tolentino Mendonça, do livro Um Deus que Dança, e que nos diz que o Senhor espera e como espera por nós.

“É bom saber que esperas por todos!
Senhor, ninguém vive tão à espera como Tu!
Na tua bondade esperas por todos:
pelos que estão longe e pelos que estão perto.
Pelos que se lembram e pelos que têm o coração submerso
no esquecimento mais fundo.
Pelos que todos os dias te rezam: ‘Vem Senhor’
e por aqueles cuja oração é uma ferida silenciosa,
um tormento ou uma revolta.
É bom saber que esperas por todos.
E que na imensidão compassiva da Tua espera,
cada um pode reaprender o sentido verdadeiro da esperança”.

P. Hermínio Vitorino, sj



A FÉ VIVE DE AFECTO
Palestra do Padre José Frazão, sj

Como estamos a viver o Ano da Fé, na noite de sexta-feira, 23 de Novembro, fomos levados, pela graça de Deus e pelo olhar de Maria, a participar num encontro de reflexão com o Padre José Frazão sobre o tema “A Fé Vive de Afecto”. O Padre Frazão começou por abordar a fé por meio das passagens do Evangelho referentes aos discípulos de Emaús, à pecadora à beira do apedrejamento e, também, ao encontro inesperado com Zaqueu, destacando-se a mudança das suas vidas, após terem sido tocados por Jesus. No que se aplica a nós, não importa o momento nem a hora nem as condições, o importante é que busquemos um encontro pessoal com Jesus, para que tenhamos as nossas vidas transformadas. Para isso precisamos vigiar, orar e jejuar.
No sábado 24, pela manhã, tivemos reflexões sobre a oração do Credo, cuja recitação é uma declaração de amor. Deus declara-se ao homem. O Credo é viver na confiança de que Ele está connosco. A fé é uma questão de vida que implica vários aspectos entre os quais a criatividade, a acção, o comportamento. O Senhor é a rocha da nossa vida.
A quem destinamos o melhor de nós? O que fazemos com o nosso afecto? Estas foram algumas das interpelações que o Padre José Frazão lançou nas nossas vidas
O encontro foi uma oportunidade de reavivar e fortalecer a nossa fé e de nos orientar nos caminhos para o encontro com Deus e para sermos testemunhas do Seu amor através das reflexões, das orações e do acolhimento. O Padre José Frazão, com a sua simplicidade, com uma apresentação suave, clara e profunda, transmitiu-nos tudo aquilo que o Senhor deseja de nós. O encontro foi encerrado, no final da manhã, com a celebração da Eucaristia.


Como é bom termos partilhado a palavra de Deus e tido a união com os irmãos de fé de várias paróquias!
 O almoço convívio foi um agradável tempo de confraternização e de troca de ideias com outros participantes. Participemos nas próximas oportunidades.

Desejamos a todos a continuação de um Santo Advento!
Maria Cecília e Ivan Camelier 


Dia 8 de Dezembro
 Nossa da Senhora da Conceição
Hoje é dia de Alegria,
Até o céu tem mais luz,
Senhora da Conceição!
Dos homens tu és a guia
E o Teu Filho é Jesus,
Foste Mãe do Rei Supremo.
Criador Universal,
Te pôs num trono de glória
Rainha de Portugal.
Mais formosa do que a lua,
Entre as flores, e o girassol,
Enfim, excedeis Senhora,
Na candura o mesmo Sol.
Sois de Deus Mãe escolhida
Mais pura que a açucena:
Dai-nos nesta vida a graça,
Livrai-nos da eterna pena.
                           Conceição Torrão

A fé vive de afecto

Nos passados dias 23 e 24 de Novembro do corrente ano, foi com muita alegria e calor no coração, até parecia que “nos ardia cá dentro o coração”, que recebemos na nossa paróquia o amigo Padre José Frazão. Juntámo-nos na Sala de Santo Inácio de Loiola, para ouvir as suas sábias palavras, bem como refletir na sua companhia.
"A fé vive de afeto” . Este foi o tema à volta do qual se desenvolveram duas grandes palestras acerca desta força vital comum a todos nós. Desta forte adesão a Deus, capaz de mover montanhas e de nos fazer ultrapassar os mais difíceis obstáculos da nossa vida.
Foi com grande atenção e dedicação que todos os presentes em ambas as palestras ouviram, pensaram e repensaram acerca do lugar que Deus ocupa na nossa vida e de como Ele nos chama e nos cativa através da fé. E nós, como crentes, reconhecemos que recebemos da parte Dele um dom que nos há-de orientar em toda a nossa vida.
A esperança e os ensinamentos que o Padre José nos transmitiu não serão muito brevemente esquecidos, pois permanecerão gravados nos nossos corações, e esperamos ser outras vezes mais honrados com as suas cultas palavras e a sua experiência de vida.
Obrigado.                                                                                
Cláudia Farias e Margarida Nunes

Viver, comunicar e partilhar...


Exposição-venda de Natal

No dia 1 de Dezembro, iniciou-se a habitual exposição-venda dos trabalhos feitos ao longo do ano pelo grupo “lavores”. 

Esta partilha de saberes e afectos, que reverte em favor da Comunidade Paroquial, conta com a generosidade e empenho de muitos,  e com a presença  de quem tem vindo a  apreciar e a colher algo que se traduz em fazer o bem, bem feito(P. Amadeu Pinto sj)

A Comunidade deixa um Bem-haja a quem, com tanta generosidade, empenho e esforço, possibilitou que esta exposição se realizasse.

Catequese em tempo de Advento

Saboreai a alegria da espera… O Senhor vem!
Este convite a viver o Advento na alegria, é para todos! E enquanto as luzes do Natal enchem as ruas, e quase não nos deixam ver as estrelas, nós, queremos deixar-nos guiar por sinais mais simples, pois acreditamos que são eles que nos levam a Jesus. Eis-nos à espera… procurando viver a fé e a solidariedade, convidados a abrir os nossos corações aos outros e a estar atentos a tudo o que nos rodeia.
Há muitas coisas que podemos fazer para acolher o Messias. E nós, queremos de facto acolhê-Lo!
Contemplemos a Família de Nazaré… É aí que começa o presépio. Maria e José eram atentos um ao outro e à voz de Deus e neles a História do Natal acontece de verdade.



No próximo sábado, dia 15, haverá Confissões para todos os grupos de Catequese, com inicio às 15:00.

Ás 18:00 teremos a Eucaristia festiva com encenação da Encarnação.                                                                              

Alice Matos

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