julho 22, 2009

Julho 2009 - nº. 53

UMA CRISE NUNCA VEM SÓ!

O ano pastoral que estamos a findar foi marcado pela crise que a todos tem afectado. Esta crise tem a peculiaridade de ser à escala mundial e, por isso, deve fazer-nos reflectir seriamente, pois, para grandes crises, também são possíveis grandes soluções. De facto, uma grande crise nunca começa em grandes proporções, mas resulta de pequenos gestos, pequenas atitudes, pequenas ‘escalas’. O cerne da crise que todos intitulam como “crise económica” iniciou-se muito antes dos efeitos económicos. A crise começou por ser: crise de ética, de valores, de verdade, de competência, de honestidades, em suma, crise de humanidade. Já Paulo VI observava, na encíclica Populorum Progressio que as causas do subdesenvolvimento não são primariamente de ordem material, mas devem ser procuradas nas várias dimensões do homem. Isto significa que a boa ou má economia é o produto de um processo em cadeia. O certo é que, paradoxalmente e não raramente, vivemos na ânsia de resultados técnicos, económicos, materiais, sem valorizar tantos outros elementos articulados com a economia e igualmente relevantes.
O Papa Bento XVI não se tem demitido na tomada de posições sobre questões ligadas à ética, à vida, à formação integral do ser humano. Não sabemos até que ponto as suas palavras têm tido ressonância nos centros de decisões. Mas não tenhamos dúvidas de que a história lhe ficará a dever muito, tal profeta que se não demite de dizer o que pensa, mesmo não sendo “politicamente correcto”, ou confortável ouvir.
A recente encíclica do Papa tem como título: “A caridade na verdade”. Esta encíclica toca as questões de fundo, desde as micro às macro realidades, como, por exemplo, os sistemas económicos, a educação, a vida em sociedade, as relações entre países, incluindo pequenas realidades do nosso quotidiano, como sejam, as nossas comunidades paroquiais, famílias, instituições de ensino, e sociedade em geral. Assim, tendo por base alguns dos pontos fortes da encíclica, facilmente constatamos que, de facto, se queremos amar, ser bons, mas sem a marca da exigência, da autenticidade, da honestidade, do compromisso, da dedicação, do trabalho, da ética, e do respeito pela vida, não estamos a fazer nem caridade, nem verdade; estamos, no mínimo, a evitar confrontos, a pôr ‘paninhos quentes’ nos problemas. Noutros termos, e referindo o Papa, sem caridade na verdade, o amor torna-se uma espécie de invólucro vazio, que cada pessoa pode encher como quer, e acaba preso às emoções, arbitrariedades, abusos, prepotências, cujo resultado acaba por se traduzir no oposto do que realmente se pretendia.
Não obstante a crise que nos afecta a todos, este ano, na nossa comunidade paroquial, trabalhou-se imenso aos vários níveis; na resposta social a muitos dos que têm procurado a paróquia, (através da Conferência de S. Vicente de Paulo); nas diversas actividades pastorais: a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima; a visita canónica do Sr. Bispo; as relíquias de Santa Margarida Maria
Alacoque; o concerto do Padre Borga, e o extenso plano de actividades pastorais que a todos nos deixaram cansados, mas satisfeitos. Mais ainda, foi um ano em que demos bons passos na renovação e requalificação das estruturas materiais da nossa Igreja. As dívidas que temos pela frente, devido a estas necessárias ousadias, são conhecidas de todos, mas, temos muitas graças a dar a Deus, pois onde há actividades, há pessoas, e onde vivem pessoas saudavelmente insatisfeitas, fazem-se compromissos, vive-se na esperança. Jesus esteve connosco, Maria acompanhou-nos, o Pai abençoou-nos. Ainda temos muito que aprender a ser, temos muito que aprender a crescer, temos ainda muito que viver na fé. Mas, de uma coisa não prescindimos: da presença de Deus nas nossas vidas, de nos comprometermos uns com os outros, no trabalho, dedicação, na entrega e generosidade. Não queremos prescindir, pela graça de Deus, de nos respeitarmos nos valores, no amor à vida, e respeito merecido pelos outros. Queremos continuar a viver nesta certeza: ninguém necessita de fazer por nós, o que está ao nosso alcance fazer. Mas queremos ter a humildade de pedir o que responsavelmente toca a todos e a cada um. É nesta esperança que as crises se resolvem; as crises resolvem-se com acção, empenho, determinação, solidariedade, honestidade e trabalho. Não sabemos o que se irá passar no mundo, no próximo ano, mas sabemos que, no nosso mundo, muito dependerá do nosso entusiasmo e compromisso. Por isso, no ‘mundo’ da nossa comunidade paroquial muito nos aguarda. Repousemos nas mãos de Deus, porque o futuro é dele, mas está-nos confiado.
P. Francisco Rodrigues, s.j.


O Padre Hermínio Vitorino está connosco

Nascido na Ilha de S. Jorge, nos Açores, há quase quarenta e três anos ("quase", no momento em que escrevo: serão quarenta e três anos, no dia 31 de Julho), o P.e Hermínio Vitorino chegou até nós, à Covilhã, depois de um longo percurso de muitas "experiências de vida em abundância".
No blogue da nossa paróquia, está apresentado esse percurso. Poderemos saber que, após ter terminado a Escola Preparatória nas Velas, na Ilha de S. Jorge, ingressou no Seminário de Angra do Heroísmo, na Terceira, e aos vinte e quatro anos entrou para a Companhia de Jesus. Dois anos de noviciado, em Coimbra, quatro anos a tirar o curso de Filosofia, em Braga e, em 1996, partida para Moçambique, Diocese de Tete, Missão da Fonte Boa.
Em Moçambique, fez o Magistério durante dois anos, como professor de Português no ensino estatal, como coordenador do internato masculino da Missão, e colaborando um pouco, na medida em que o tempo lho permitia, no trabalho da paróquia.
Sai, então, de Moçambique e parte para Roma onde, durante cinco anos, estuda Teologia, licenciando-se em Missiologia na Universidade Gregoriana. É ordenado diácono em 2001, ainda em Roma, e em Julho de 2002, já o vemos sacerdote na Igreja de S. Roque, em Lisboa.
De 2003 a 2006, colabora na pastoral da paróquia de Cristo Rei, em Almada (Pragal), onde foi também professor de Educação Moral e Religiosa Católica, numa Escola dos bairros sociais do Monte da Caparica.
De 2006 a 2009, colabora com a comunidade jesuítica de Póvoa de Varzim, a que pertencia, mas com duas interrupções: mais um período de trabalho em Moçambique, na catedral de Tete e nas Missões de Fonte Boa e Mesaladzi e, de 2008 a 2009, a Terceira Provação (última fase de formação de um Jesuíta), em Salamanca.
É daí que, após escasso tempo de intervalo, vem para a Covilhã, onde se encontra há apenas algumas semanas.
Depois de um conjunto de experiências tão rico e tão variado, quisemos saber o que significava para o P.e Hermínio a vinda para a Covilhã. Fomos encontrá-lo no seu gabinete de trabalho e aí lhe fizemos algumas perguntas.


Sílvia Ferreira - Quais foram as primeiras impressões que recebeu da nossa cidade?
P.e Hermínio Vitorino - Já antes tinha estado na Covilhã por três vezes, mas de passagem. Agora, as primeiras impressões da minha adaptação aqui são boas. Embora ainda seja cedo para dar uma opinião, pareceu-me encontrar um ritmo de vida mais calmo e isso, para um ilhéu, como eu, é muito agradável, e também encontrei um grupo de pessoas bastante empenhado na paróquia, mas, repito, ainda é cedo para falar, portanto, não vou alongar-me sobre o assunto.
S.F. - Traz alguns projectos ou, mesmo, alguns sonhos, que gostasse de ver realizados nesta fase da sua vida?
P.H.V. - Os meus projectos são os de trabalhar em conjunto com os meus companheiros jesuítas. Planificar em conjunto e dar continuidade ao que já existe. Mas gostaria de tentar algo mais na pastoral juvenil e universitária, em colaboração, claro está, com o responsável o P.e Luciano. Na paróquia, gostaria, de um modo particular, de dar atenção ao grupo do Crisma. Mas insisto num ponto que me parece, de todos, o mais importante, na minha vida de sacerdote, que é o estar com as pessoas. Dou um sentido muito especial e muito profundo ao verbo estar. Estar disponível. Ouvir. Conversar. Acolher. Acompanhar quaisquer pessoas, da paróquia ou de fora dela, que precisem da minha ajuda e a quem eu possa ser útil.
S.F. - Como vê, então, o seu futuro? Mais ligado ao ensino, às paróquias, às Missões...?
P.H.V. - Não o vejo muito ligado ao ensino, embora não o exclua totalmente. Vejo-o ligado à vida missionária e, de momento, mais ligado à vida paroquial, ao apostolado espiritual (Exercícios Espirituais) ou a um apostolado-social. Além do múltiplo trabalho que uma paróquia exige, vejo-me, dentro do possível, a colaborar com outras paróquias que o solicitem pontualmente, a fazer acompanhamento espiritual, orientando, mas, principalmente e sempre, estando com as pessoas e acompanhá-las espiritualmente.
Claro que tudo está em aberto nesta fase de adaptação, à entrada de uma nova situação, de um novo ambiente geográfico, cultural e paroquial... Porque é muito diferente o ambiente de Portugal e do estrangeiro, do Continente e das Ilhas, do interior e do litoral, do norte e do sul, e uma paróquia reflecte essas diferenças. Já vivi essa experiência, por isso digo que ainda estou a integrar-me nesta nova missão que me foi confiada, mas, para já, tenho-me sentido bem, aqui.
S.F. - Seja, então, bem-vindo, P.e Hermínio, que Deus lhe permita realizar os seus projectos e os seus anseios dentro desta comunidade!
Sílvia Ferreira

Caritas in veritate (Caridade na Verdade)

O Papa Bento XVI presenteou-nos com mais uma Encíclica do seu Pontificado, intitulada: Caritas in Veritate (Caridade na Verdade, de 29 de Junho de 2009), a juntar às duas Encíclicas anteriores: Deus Caritas Est (25 de Dezembro de 2006) e Spe Salvi (30 de Novembro de 2007). A estas três Encíclicas, já as podemos chamar a triologia do Pontificado do Papa Bento XVI, à imagem e semelhança da triologia das três Cartas Encíclicas do Papa João Paulo II: Redemptor Hominis (O Redentor do Homem, 4 de Março de 1979), Dives in Misericórdia (Rico em Misericórdia, 30 de Novembro de 1980) e Dominum et Vivifican tem (Senhor que dá a Vida, 18 de Maio de 1986). À primeira vista, parece que não há relação entre uma triologia e outra triologia, mas a realidade é que não se compreende uma sem a outra. Sem a entrada no Mistério Redentor, não podemos compreender que Deus é amor e que ama cada homem e todos os homens, sem excepção, porque os criou. Sem sentirmos que, já aqui e agora, Deus é rico em Misericórdia, não podemos viver a alegria de quem já se encontra salvo em esperança. Sem a compreensão do Espírito, Senhor que dá a vida e que está presente no mundo, como pairava, um dia, sobre as águas da criação para tudo animar e a tudo dar força, não podemos debruçar - nos sobre o outro e exercer a Caridade na Verdade, isto é, sermos como Jesus, próximo daquele homem caído à beira do caminho: “spoliatus in supernaturalibus” (espoliado na sua sobrenaturalidade) e “vulneratus in naturalibus” (ferido na sua natureza), diziam os antigos, comentando o Evangelho de Lucas, 10,25-37.
Quando, em 1967, saiu a Encíclica Populorum Progressio, recordo-me que estava eu para partir, de novo, para Moçambique, depois de uma estadia na Europa. Essa Encíclica foi mais um incentivo para trabalharmos, em Moçambique, ainda colonizado, pela descolonização e por um desenvolvimento que tivesse em conta o homem na sua dignidade e identidade. Paulo VI repetia: “O Desenvolvimento é o novo nome da Paz”. Lutávamos pela Paz convencidos de que a guerra somente trazia consigo a destruição.
Na década de 1980, começou a longa marcha das ONGs. (Organizações Não Governamentais), cheias de idealismo e completamente vocacionadas para o Desenvolvimento. Mas a realidade foi bem diversa. Quando acabou o muro de Berlim, todos sonhávamos com um mundo mais justo e mais humano. Mas os homens que não se deixaram conduzir pela Lei Natural e por uma razão aberta à Verdade, criaram um desenvolvimento descontrolado, à base da ganância do lucro, do “salve-se quem puder” e duma globalização que se voltou contra o homem. Apesar dos muitos frutos produzidos pelo impacto da Encíclica do Papa João Paulo II: Sollicitudo Rei Socialis (Solicitude Social de Igreja de 30 de Dezembro de 1987), em muitos sectores da vida política, social e económica, se voltaram as costas à solidariedade e se enveredou por um desenvolvimento não-solidário.
“Caritas in Veritate” vem agora dizer-nos que é necessário relançar uma economia que favoreça projectos políticos animados por convicções éticas. A mundialização que gera a interdependência dos povos deve levar-nos a uma interacção ética das consciências. Deve levar-nos também a criar uma consciência colectiva e comprometida pelos grandes problemas mundiais: fome no mundo, gestão dos recursos hídricos, preocupação pelo ambiente. Não basta que os Líderes dos países mais ricos do mundo (G8) se reúnam e que daí saiam medidas para combater o aquecimento global, é necessário que cada país tome consciência de que necessitamos dum ambiente saudável para respirar. É, ao nível local, diríamos entre nós, ao nível das autarquias, que se deve trabalhar para melhorar o ambiente. Bento XVI, na sua Encíclica, faz referência às multinacionais, mas também às mais pequenas estruturas. Já o Papa Paulo VI e, na sequência dele, João Paulo II e, agora, Bento XVI, nos repetem: a Igreja não tem soluções técnicas, mas é perita em humanidade. Na mesma linha se coloca o Papa Bento XVI que nos diz ser a Doutrina Social da Igreja um “anúncio da verdade do amor de Cristo na sociedade”.
O texto de Bento XVI, seguindo a tradição dos seus antecessores, dirige-se, não somente aos cristãos, mas a toda a humanidade, a todos os homens e mulheres de boa vontade. É um imperativo para todos e todas a entrega a um desenvolvimento mais humano e fraterno: Caritas in Veritate. Esta tarefa incumbe a todos e não pode levar-se adiante sem a contemplação do Rosto de Cristo: “ Em Cristo, a caridade na verdade torna-se o Rosto da sua Pessoa, uma vocação a nós dirigida para amarmos os nossos irmãos na Verdade do seu Projecto. De facto, Ele mesmo é a Verdade” (Jo14,16)
P.José Augusto Alves de Sousa S. J.

Férias na Verdade a Verdade nas Férias

Uns já partiram, outros preparam-se para desfrutar de uns dias de descanso e outros observam, apenas, essas idas e vindas! Todos temos consciência de que, nestes tempos em que a crise parece agarrar-se “com unhas e dentes” a cada um de nós, falar ou pensar em Férias é algo que se está a tornar cada vez mais inatingível. Alguns dias numa represa, perto de casa ou numa praia, onde uns amigos, daqueles que também vão rareando, têm uma casinha e oferecem uma parte do seu tecto, é o que, cada vez mais, o parco orçamento familiar vai permitindo!
Mas será que o significado das férias é apenas sinónimo de partidas e chegadas em que se tem como destino ambientes de sonho, lugares paradisíacos ou, simplesmente, se pretende passar o dia sem a preocupação do trabalho diário?
Cada vez é mais importante aprender para ter férias e ter férias para aprender...Quando estamos de férias não deixamos de nos alimentar fisicamente, por isso não devemos esquecer o alimento espiritual. Em férias, geralmente, temos mais tempo para os nossos amigos e familiares, principalmente aqueles que estão mais longe... então, não esqueçamos o nosso maior Amigo, Aquele que tudo nos deu e que, embora tenha descansado ao 7º dia, nunca nos esqueceu e nunca tira férias de nós! Nas férias temos mais tempo para nos dedicarmos à leitura…que tal aproveitarmos para ler, também, algo diferente que nos complemente espiritualmente?
Pois é, aí vêm as férias... mas, que significa ter férias?
Na realidade, o meu conceito de férias é algo bem maior do que o simples prazer de ir para um ambiente de sonho num local aprazível ou ficar perto de casa num ambiente mais modesto! Para mim, o conceito de férias é apreciar, em família, um tempo de lazer e partilha de experiências sem a azáfama do dia-a-dia. Sem telemóvel nem computador, sem televisão nem relógio...O meu conceito de férias é abrir o coração às coisas mais belas da Criação. É estar atenta ao canto das aves, ao riso das crianças, ao carinho dos idosos, ao sonho dos jovens. É valorizar o dom de estar vivo e agradecer a Deus pela graça do seu Amor incondicional, que nos é dado em cada novo amanhecer! O meu conceito de férias é….não perder a Verdade nas Férias para ter Férias de Verdade!
Pois é, aí vêm as férias...mas, nas férias, não tiremos férias de Deus!
Sandra Soares

Jesus não tira “férias de nós”…

Como acontece em todos os anos com a chegada (tão esperada) do mês de Junho e o encerramento de mais um ano lectivo, dirijo uma palavra especial aos mais jovens da nossa Comunidade Paroquial que vão estar menos presentes durante este tempo, privando-nos, assim, da sua presença, autenticidade, vivacidade e Alegria.
Depois de mais um ano na pista e na descoberta do caminho de Jesus, eis que chega o período de férias, para descansar e não só… Este período é tão ou mais importante que o restante ano, uma vez que temos a possibilidade de reflectir sobre a trajectória do caminho que pretendemos seguir (o caminho de Jesus), e continuar a descobri-lo e sabê-lo fazer cada vez melhor.
A época de férias é aquela altura do ano em que provavelmente a nossa disponibilidade é maior para estarmos com os nossos amigos e companheiros de brincadeira. Assim sendo, e tendo Jesus como um grande amigo, a quem recorremos sempre pelas mais diversas razões, tomemos o compromisso de que a nossa ligação com Ele seja a mesma e até possa crescer. Deixemos que Ele esteja na nossa vida, que participe dos nossos desejos e sonhos e que, principalmente, não seja mais um amigo, mas que seja, sim, o Grande Amigo.
Procuremos, nesta época de lazer, não tomar Jesus como um livro que se fecha em Junho, com a promessa de ser reaberto em Outubro, mas, sim, ler uma página desse livro em cada dia com o objectivo de simplesmente aprender a conhecê-Lo cada vez mais e estar sempre em comunhão com Ele.
Um dia de férias tem horas suficientes para fazermos as mais diversas actividades, como passear, viajar, correr e visitar amigos e família. Jesus é provavelmente o único amigo que não tira férias de nós e consequentemente a sua casa está sempre aberta para nos receber; certamente não haverá melhor anfitrião que Ele. Partilhemos sempre a alegria do encontro com Jesus e da felicidade de sermos pedras vivas da Sua igreja.
Peçamos a Jesus que nos ajude a gastar o nosso tempo, durante este período de férias, para que a nossa ligação com Ele, não seja algo que só existe em certos períodos da nossa vida. Deixemo-nos envolver no amor de Deus, estando disponíveis e abertos à missão que Jesus nos confia, vivendo na felicidade do Seu amor por nós.
Rodrigo Silva (Catequista)

CONVÍVIO CVX

Apesar de algumas nuvens teimosas e de uma brisa marota, no passado dia 5 de Julho, o Covão da Ponte, na Castanheira (Manteigas), acolheu com generosidade os membros da CVX da Beira Interior (e seus familiares) para a actividade de encerramento do Ano CVX.
Aos cerca de trinta elementos presentes (dos cinco grupos existentes), o Covão ofereceu um imenso e fofo prado verde, árvores frondosas e um rio cristalino, a companhia amistosa de uns cães da Serra da Estrela, o balir das ovelhas ali por perto, e, enfim, toda a calma que a Natureza sabe inspirar!
Neste cenário, os “CVX’istas” e familiares celebraram a Eucaristia e saborearam a presença do Amor de Deus na Natureza e nos irmãos.
Depois, o dia foi-se recheando de bons momentos: um delicioso e variado almoço – piquenique, o futebol da pequenada, a retemperadora sesta (às vezes interrompida pelos flashes de uma máquina fotográfica à procura de “apanhados”…) e as deliciosas conversas sobre as mantas estendidas na relva…
Para além de se terem estreitado laços e reforçado o vínculo à espiritualidade inaciana, pudemos também, na simplicidade deste dia de partilha e de convívio, escutar de novo, esse Pai que nos fala e nos convida continuamente “a tornar o mundo melhor”…
Que belo convite para este tempo de férias! …
Paula Rabaça (cvx “Porto de Abrigo”)


PERMANECER
O Padre Geraldes partiu para o Pai,
foi ter com aquelede quem sempre falou e amou.
Que permanecendo n’Ele permaneça também connosco.

O Amor é eterno.

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