dezembro 29, 2008

Dezembro 2008 - Nº 51

Jesus, o Presente dos presentes

Há dias, enquanto repassava o olhar pela TV, estava a ser transmitido um programa sobre a iniciativa de um grupo de católicos que queria viver o Natal de um modo interpelativo, isto é, fizeram um número incontável de presépios a fim de os proporcionarem a quem anda esquecido do verdadeiro sentido do Natal.
Num dos últimos sábados, estando eu a conversar com uma criança da catequese, percebi que estava um pouco ansiosa. Quis saber o motivo; sabe porquê, Sr. padre, disse, estou à espera dos meus pais, vão levar-me para a "Disney-pelourinho". O ano passado também fui e foi muito giro.
Em conversas ocasionais sobre as ceias de Natal que nesta quadra proliferam em muitas instituições, grupos e associações, alguém me dizia: o bacalhau está muito caro, mas a ceia de Natal sem bacalhau, nem é ceia nem mesmo Natal.
Depois de expostos estes três episódios, não esperem que eu diga que os presépios não são importantes, que o carrossel do Pelourinho não faz a criança feliz, ou que o bacalhau não pode ser "fiel amigo" entre amigos e familiares numa noite de afecto sentido à flor da pele. Tudo isto tem a sua importância, e não só: os cartões de Natal, os e-mails com attaches musicais, os SMS's, os presentes, as luzes, a música, o encontro familiar, a missa do galo, tudo pode ter o justo lugar na quadra natalícia. De facto, não reconhecer o lugar próprio de cada manifestação religiosa e humana, seria como tentar celebrar o Natal desencarnado de uma determinada cultura ou tradições. Se assim fosse, entrar-se-ia em contradição com a criatividade de Deus que em Jesus se faz cada um de nós, em tudo, excepto no que desumaniza. O cerne da questão não está em destruir o que não é objectivamente espírito natalício. O ponto central está em purificar tudo o que afasta do espírito natalício. Mas, discernir o que nos leva ao presépio de Jesus e o que dele nos afasta, não é tarefa fácil. O mais fácil seria: ou entrar num espiritualismo ao ponto de deixar escapar o rosto humano de Deus no Menino de Belém, ou cair num Natal materialista ao ponto de até os presentes perderem o seu significado humano e divino. Entre os extremos expostos, encontramos Jesus na manjedoura, rodeado de pessoas que na simplicidade de Maria, José, e outros amigos, descobrem o valor da autenticidade de cada gesto, e presenças feitas Presente. É através desta experiência que partem de Jesus, pois tudo vem d'Ele e remete para Ele, uma vez que o valor de cada coisa, de cada presente, está em remeter para Ele. Só a partir desta perspectiva se pode apreciar ou reconhecer o valor dos presentes, uma vez que estes contêm o Presente dos presentes: a ternura de Deus no rosto de uma criança: Emanuel-Deus Connosco. Por isso, o significado e a validade dos presentes não depende dos prazos, nem mesmo do seu valor material, mas do seu significado simbólico: recordam, transmitem, traduzem a presença de Jesus nas nossas relações. Que neste Natal, tempo de luzinhas coloridas, elas não desfoquem a verdadeira Estrela e Iluminação do Natal, Jesus. Feliz Natal.
Francisco Rodrigues, s.j.



CEIA DE NATAL DA COMUNIDADE

No sábado, dia 13 de Dezembro, a partir das vinte horas, começou a encher-se o Barcarola com o calor humano dos paroquianos que vinham para o convívio que, em boa hora, o nosso Pároco Pe. Francisco Rodrigues convocou.
Claro que, muito antes disso, já alguns haviam iniciado o seu serviço em prol dos restantes. Havia que colocar mesas e cadeiras, elaborar textos escritos e, sobretudo preparar os últimos petiscos para a ceia. Sim, porque uma parte importante dos mesmos já na véspera se principiaram a confeccionar. As dulcíssimas sobremesas foram preparadas com antecedência. Só assim seria possível apresentar tais “lambarices” como, por exemplo, sonhos recheados com fios de ovos. E o bacalhau que houve que pôr de molho… E as batatas que não se apanham sem casca… E os talheres e pratos que há que limpar… E… E… E… tanto a fazer!
À hora prevista, os nossos Padres convidaram todos os presentes (seriam perto de sessenta… não contei) à oração. O frio… Esse só se fazia sentir na rua! Porque em cada olhar, em cada coração, havia o calor humano de quem se dispõe a viver momentos de fraternidade e alegria. Mesmo assim, iniciámos a ceia com uma sopa quentinha.
Depois, foi a delícia de um magnífico bacalhau cozido com batatas e couves. Sem faltar o azeite precioso, nem as bebidas ao gosto de cada um. Tudo servido com muito amor e animação. A ceia ainda foi abrilhantada com as esplêndidas sobremesas (doces muitos e frutas algumas) acompanhadas com o café de marca “Barcarola”.
Mas estávamos ainda longe do fim do convívio e da animação.
Entre algumas canções e poesias (estas expressamente criadas para o efeito) foram galardoados alguns paroquianos que, mercê do seu serviço aos outros e do seu exemplo de vida, mereceram tal honra... Pena que o parco orçamento não deu para condecorar todos. Tanto mais que as obras que se desenvolvem na Igreja e que nos são tão necessárias esgotam as verbas.
Mas o nosso Pároco fez questão de entregar diplomas aos mais destacados… e lembranças a todos. É uma espécie de “multiplicação das verbas”…
Já era Domingo, quando, com muita pena nossa, começámos a arrumação das mesas, das cadeiras, das louças, etc. Havia que colocar tudo de novo em ordem para a vida normal da Paróquia e da comunidade, e dar graças a Deus pela oportunidade que nos oferece para horas de tão animado e são convívio. Em agradecimento, preparemos o Advento para O recebermos no Natal que se aproxima o melhor possível. Ele bem Merece!

Neves da Gama

ESCUTISMO EM FESTA...


E a festa aconteceu mesmo... no fim-de-semana de 6 e 7 de Dezembro de 2008. Foi organizada pelo Núcleo da Covilhã da F.N.A. (Fraternidade de Nuno Álvares Associação dos Antigos Elementos filiados no CNE) e contou com a presença dos Núcleos da F.N.A: de Mangualde, de Sintra, e de alguns Órgãos representativos da Direcção Nacional (José Ribeiro - Sec. Relações Internacionais) e da Direcção Regional de Lisboa (Céu Raposo - Covilhanense radicada em Lisboa e Secretária da Direcção Regional), do Agrupamento 20 do CNE da Covilhã, do Chefe Regional do CNE da Região da Guarda, para além de ilustres cidadãos, alguns representando colectividades da Região, assim como Órgãos Públicos, Câmara Municipal da Covilhã, as Juntas de Freguesia (S. Pedro e Nª. Sr.ª da Conceição) que se dignaram assistir e participar nas Comemorações do 29º aniversário da Fundação do Núcleo da Covilhã da Fraternidade de Nuno Álvares.
O programa das comemorações teve início no sábado dia 06/12/2008, pelas 18:00 com a Inauguração de uma exposição, nas instalações do Teatro Cine da Covilhã, com o tema "TRIBUTO A BEATO NUNO" Patrono da nossa Associação.
Pelas 21:30 realizou-se um colóquio sob o tema "CNE / FNA – OS LAÇOS QUE NOS UNEM". Domingo, dia, 07, às 10:00, procedeu-se à recepção dos Núcleos e convidados no Teatro - Cine, realizando-se de seguida, por volta das 10:30, uma romagem ao cemitério, em memória de todos os Antigos Escuteiros, que já partiram para o eterno Acampamento.
Às 11: 30 na Igreja de S. Tiago, durante a Santa Missa, tivemos a Renovação de Promessas, onde teve especial destaque a "Investidura de um novo Irmão escuta". Pelas 13:00, como a fome já apertava, tivemos um almoço de confraternização, que decorreu com muita animação, à boa maneira Escutista, e cerca das 17:30 foi o partir do bolo pelo (irmão Escuta - Mário Sena, resistente da fundação do Grupo 19, no ano de 1925) e com muita alegria se cantaram os parabéns por mais um aniversário. Apraz-nos registar que, apesar do mau tempo que se fez sentir nesse fim-de-semana, os Escutas não se coibiram de comparecer e levaram a preceito, sem qualquer atraso, o programa inicialmente estabelecido.
Não podemos deixar de dar uma palavra de apreço a todos quantos colaboraram nesta actividade e não podemos deixar de agradecer, com especial destaque, aos elementos responsáveis do Barcarola da Igreja de S. Tiago, assim como a toda a comunidade paroquial de S. Pedro, ao sacerdote e assistente do nosso Núcleo, Sr. Padre Francisco Rodrigues, pela ajuda e colaboração.
Dos elementos da Fraternidade Nuno Álvares, a todos muito obrigado, com um abraço escuta e, SEMPRE ALERTA PARA SERVIR, lema da nossa Associação. Até sempre. FNA. - FRATERNIDADE NUNO ÁLVARES
Jorge Carapito


Foi no dia 12 que a CVX Beira Interior se reuniu para Celebrar o Natal. A Eucaristia foi presidida pelo P. Henrique Rios, s.j. e concelebrada pelos P. Francisco Rodrigues e P. Sousa. Momentos fortes desta Eucaristia foram a leitura de alguns extractos do livro da Congregação Geral 35ª. no que refere à ligação CVX - Jesuítas e um Ofertório onde os “Cvxistas” mais pequenitos, à imitação dos pastores de Belém, ofereceram a Jesus alguns bens materiais para os mais necessitados da nossa Comunidade Paroquial. Seguiu-se um jantar e convívio, marcados pela partilha (de bens materiais e espirituais) e pela alegria do reencontro dos grupos da Covilhã e Castelo Branco, que fizeram festa e, à semelhança dos primeiros cristãos, cantaram cânticos de louvor ao Menino Jesus. Houve também poesia musicada sobre temas da vivência CVX e um power point em forma de noticiário, apresentado com tanta imaginação que pôs toda a gente a rir à gargalhada ao reverem-se nos acontecimentos apresentados.
Natal é (também) ser comunidade, e ser comunidade de vida cristã (CVX) ajuda-nos a viver o Natal em cada dia da nossa vida, procurando ser um pequeno sinal a apontar para a “Estrela”
Alice Matos

"OS NÓS E OS LAÇOS"

No mês da morte de Alçada Baptista, permito-me roubar o título de um dos seus livros para falar… de bordados, de rendas e de costura… para falar de um grupo de mulheres que tudo isso foram fazendo ao longo do ano, nas tardes de quinta-feira, numa das salas da nossa Comunidade Paroquial - O Barcarola. Trabalhando, quiseram ajudar nas obras e nas despesas da Paróquia. (Grandes despesas, em obras urgentes, a que a coragem e a ousadia dos nossos Padres meteram ombros). Para elas, no fim do trabalho, houve a satisfação de apresentar um pequeno contributo. E tivemos também a alegria de poder falar de convívio, de amizade, dos nós e dos laços que se foram formando e apertando entre as pessoas que às quintas-feiras se encontravam: para trabalhar, para conversar, para rezar… e também, às vezes, em dias de aniversário ou outras comemorações, para tomar chá e conviver de outro modo.
Termino com um agradecimento a todos aqueles que generosamente colaboraram nos nossos trabalhos, comprando os produtos que expusemos. Muito Obrigada!

M Sílvia Ferreira


Missão, chamamento, solidariedade, amor e a descida do Espírito Santo em cada membro da Igreja.
Na Paróquia de São Pedro, a catequese dos mais novos é vivida de uma maneira muito especial. Ela nasce no coração de cada catequista, moldado ao longo da sua vida pela Palavra e pelos Sacramentos. Dom de Deus, para que vivamos permanentemente o Baptismo, Sacramento de Fé, Esperança e Caridade.
O Pároco, Padre Francisco Rodrigues, é o tronco do entusiasmo suportado pela raiz da compreensão e pelo sorriso afável de alguém que a todos acolhe com tanta disponibilidade.
A preparação dos encontros de catequese exige uma busca contínua de actualização que se consegue pelo esvaziamento pessoal e abertura à nova linguagem, atitude, meios de comunicação e adequadas instalações. Amor de Deus para connosco, que nos dá o entusiasmo e a alegria da transmissão do “Caminho, da Verdade e da Vida”. Assim nascem as folhas, as flores e os frutos de uma comunhão completada pelos Pais, Avós e todos os membros da comunidade, na Eucaristia.
Saímos todas as semanas mais enriquecidos e fortalecidos para o renascimento da graça que nunca atinge a sua plenitude.
Temos vindo a viver o Advento, tempo de reflexão e de purificação. No 2º volume de catequese, os temas abordados reflectem esta linha: Amar, Respeitar, Obedecer, Verdade e “Maria – Mãe de Jesus”. A ideia das fitas, proposta pelo grupo responsável da catequese, entusiasmou as crianças, e os propósitos para a semana identificaram-se com as respectivas cores. Fita azul escura – obedecer: se não obedecemos o nosso coração fica triste, escuro. Fita vermelha – dizer a verdade, pois se mentimos ficamos vermelhos no rosto. Fita verde – SIM: Imitemos Maria e fiquemos com este compromisso durante todas as férias de Natal. Assim, vão decorrendo os nossos encontros de catequese, com crianças atentas e interessadas, dedos no ar para responderem, desenhos expressivos, cânticos e elogios personalizados, oração espontânea e sugestões de propósitos de vida para a semana. A nós, catequistas, cabe-nos aproveitar tudo o que estas crianças dizem para integrarmos na sessão e vamo-las incentivando com “surpresas”: CD e material didáctico alusivo ao tema de cada sessão, comemoração dos aniversários das datas de baptismo, com bolo de chocolate e postais alusivos, guloseimas e balões na última sessão deste trimestre, que correu tão bem. Que maravilha trabalhar com crianças. Quanto aprendemos com elas! Louvo-Vos, Senhor. pela grande oportunidade de ser catequista.
Maria Manuel Cruz (Catequista do 2º. Ano)


Numa Noite de Paz
Nasceu um Rei Pequenino
Traz Amor no coração
Um grande poder Divino

Não ambicionou riqueza
Nem cadeiras de Poder
Nasceu numa Manjedoira
Sem roupa para se aquecer…

Crescendo despercebido
Com outros da sua idade
Mas foi Ele que morreu
P’ra Salvar a Humanidade

Conceição Torrão

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